quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Número de casos de ansiedade diminui em regiões com mais parques em SP , diz pesquisa da USP

A falta de áreas verdes em alguns bairros de São Paulo está associada a mais casos de ansiedade em comparação a áreas com parques, florestas, praças, hortas comunitárias e outras formas de paisagens naturais.

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A constatação faz parte de uma pesquisa da USP (Universidade de São Paulo) "Avaliando o impacto do ambiente urbano e da infraestrutura verde na saúde mental: resultados da Pesquisa de Saúde Mental da Megacity São Paulo". O artigo baseado no estudo foi publicado na revista científica Journal of Exposure Science & Environmental Epidemiology, do grupo Nature.

Os moradores da zona norte de São Paulo, que tem a maior reserva florestal na região metropolitana, manifestam menos ansiedade. A área reúne parques com grande extensão de mata atlântica como o Parque Estadual da Cantareira – Núcleo Pedra Grande, Parque Estadual do Jaraguá, Parque Cidade de Toronto e Parque São Domingos.

Veja outros parques da zona norte de São Paulo visitados pelo site Áreas Verdes das Cidades– Guia de Parques

Quanto mais perto do centro da cidade, que historicamente tem menos áreas verdes, maior o índice de ansiedade na população. A pesquisa não conseguiu relacionar a depressão com a presença ou não de áreas verdes, mas chegou a resultados conclusivos em relação a casos de ansiedade. 

“Nós vimos que pessoas que moram em áreas mais periféricas (bordas da cidade) convivem com 80% de verde ao redor da residência, enquanto pessoas que moram no Alto de Pinheiros, por exemplo, podem ter 50% ou 60% de verde nas proximidades”, diz Tiana Moreira, engenheira agrônoma e pesquisadora no Departamento de Patologia da FMUSP e uma das autoras do artigo. 

 

As regiões mais arborizadas (em calçamentos, casas e prédios com jardins, praças, etc) geralmente são as mais ricas. No entanto, o impacto na saúde mental dos moradores deste tipo de verde ainda é insuficiente para diminuir casos de ansiedade.

 

“Sem o verde, a temperatura do seu entorno aumenta, a ocorrência de enchentes aumenta, aparecem outros problemas, então a pessoa fica mais estressada porque está mais quente, porque a sua rua está alagando”, diz Tiana. É um conjunto de fatores, além da visão do verde, que melhora a qualidade de vida da população. 


Com informações do Jornal da USP

Letícia Jardim Guedes - Áreas Verdes das Cidades 


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