2 de fevereiro - Dia Mundial das Áreas Úmidas

Em 2020, o tema escolhido para comemorar o Dia Mundial das Áreas Úmidas (2 de fevereiro) é “Biodiversidade”, pois 40% das espécies animais ou vegetais do mundo vivem ou se reproduzem em manguezais, pântanos, banco de algas, recifes de corais, planícies de inundação, rios, lagos, lagoas e aquíferos subterrâneos - nas chamadas “áreas úmidas”. 

O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta: mais de 20% do número total de espécies da Terra, segundo o Ministério do Meio Ambiente, e a variação de biomas inclui as áreas úmidas em suas bacias hidrográficas e em sua costa de cerca de 7,5 mil km de extensão, onde vive a maior parte da população brasileira.

A conscientização da sociedade sobre a necessidade do uso sustentável das áreas úmidas é fundamental para preservar uma das fontes principais de água e alimentos para as populações do mundo – atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas dependem destas áreas para seu sustento.

Tema para 2020 - Áreas Úmidas e Biodiversidade

A biodiversidade das áreas úmidas, tema deste ano, compreende espécies vegetais e animais – répteis, anfíbios, aves aquáticas e limícolas e mamíferos. Há um risco real de extinção de 1 milhão de espécies deste meio. Há também a questão de segurança alimentar da população na preservação da biodiversidade, pois fornece pescados, arroz, algas e outros.

Além da sua abundância aquífera e agrícola, as áreas úmidas agem como um “filtro natural” de poluentes provenientes dos continentes e dos mares e regula o regime de enchentes (manguezais) ou de impacto das ondas nos litorais (recifes). Estas áreas também têm importância fundamental na manutenção do clima, pois grande parte do carbono (CO2) terrestre está armazenado em manguezais, e na regulação das temperaturas.

O cálculo é que estas áreas forneçam 40 bi de dólares em serviços essenciais a cada ano, e são importantes para recreação e cultura dos povos do mundo que vivem nestas regiões.

Conceito de Áreas Úmidas e Convenção de Ramsar

O conceito de áreas úmidas surgiu em uma convenção intergovernamental na cidade de Ramsar (Irã) no dia 2 de fevereiro de 1971. Atualmente no Brasil, vale a definição do Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU): “Áreas Úmidas são ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos, continentais ou costeiros, naturais ou artificiais, permanente ou periodicamente inundados ou com solos encharcados. As águas podem ser doces, salobras ou salgadas, com comunidades de plantas e animais adaptados à sua dinâmica hídrica". 

Com informações do site do Ministério do Meio Ambiente

Por Letícia Jardim Guedes da Redação do site Áreas Verdes das Cidades