quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera em São Paulo (Revisitado e com informações atualizadas)


Pavilhão Japonês do Parque Ibirapuera tem uma área de 7.500 m² às margens do lago do parque e é composto de um edifício principal suspenso, que se articula em um salão nobre e diversas salas anexas, salão de exposição, além de um lago de carpas. O acesso ao local é pelos Portões 3 ou 10 do Parque Ibirapuera e fica próximo à Escola de Astrofísica e ao Planetário do parque. 

Informações relevantes sobre o local:
Aberto às quintas-feiras, sextas-feiras, sábados, domingos e feriados
Horário: das 10h às 17h
Contribuição adulto: R$ 15,00
Estudante com carteirinha: R$ 7,00
Idosos a partir de 60 anos: R$ 7,00 (Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso)
Crianças de 5 a 12 anos: R$ 7,00
Crianças até 4 anos: isento
*Valores de novembro/2022
Atenção!
  • Entrada gratuita às quintas-feiras;
  • Não é permitida a entrada de animais domésticos e 
  • Informações: (11) 99538-1927 / (11) 96390-2404 ou pavilhao@bunkyo.org.br 
Conforme informa o site da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social - Bunkyo, "o Pavilhão Japonês foi construído conjuntamente pelo governo japonês e pela comunidade nipo-brasileira e doado à cidade de São Paulo, em 1954, na comemoração do IV Centenário de sua fundação.O projeto, executado pelo professor Sutemi Horiguchi (da Universidade de Tokyo), tem como principal característica o emprego dos materiais e técnicas tradicionais japonesas. E, teve como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do Imperador, em Kyoto, construído entre 1620 e 1624, na era Edo que foi marcada pelo domínio do clã Tokugawa.

Sua estrutura baseia-se na tradicional arquitetura japonesa no estilo Shoin, adotado nas residências das casas dos samurais e da aristocracia - mais tarde adotado por outras classes. Ela baseia-se ainda em composições modulares de madeira (com divisórias deslizantes, externas e internas), organicamente articuladas, e marcadas pela presença do tokonoma (área destinada à exposição de pinturas, arranjos florais, cerâmica, etc), bem como de outros nichos embutidos, com prateleiras e pequenos gabinetes, decorativamente dispostos.

O estilo Shoin atende aos anseios de contemplação estética (dos próprios ambientes, de objetos, peças de arte e da paisagem), por introspecção e pela criação de um microcosmo apartado dos trâmites mundanos. Portanto, para este tipo de arquitetura, a relação entre a paisagem e o interior dos ambientes é de vital importância. A visita das áreas externas e o paisagismo lírico dos jardins tornam-se prolongamento dos ambientes interiores.

Projetado como um monumento símbolo de amizade entre japoneses e brasileiros, o Pavilhão reúne materiais trazidos especialmente do Japão, tais como as madeiras, pedras vulcânicas do jardim, lama de Kyoto que dá textura às paredes, entre outros.

A construção do Pavilhão Japonês no Parque Ibirapuera, em 1954, que foi transportado desmontado, em navio, contou com numerosos imigrantes japoneses que atuaram como voluntários para auxiliar o corpo técnico vindo do Japão. Essas atividades foram coordenadas pela Comissão Colaboradora da Colônia Japonesa Pró-IV Centenário de São Paulo.

O Pavilhão Japonês foi doado para a Prefeitura Municipal de São Paulo. Desde 1955, a Sociedade Paulista de Cultura Japonesa (atual Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), foi, graças ao convênio estabelecido com a Prefeitura da cidade de São Paulo, a entidade tem sido responsável pela administração, manutenção e promoção de eventos nesse local
.

A instalação no Parque do Ibirapuera é um dos raros pavilhões, fora do Japão, a manter suas características originais em perfeito estado de conservação. O outro se localiza nos Estados Unidos e é conhecido como “Shofuso” – Solar do Pinheiro e do Vento, construído, também em 1954, para abrigar uma exposição no MOMA – Museu de Arte Moderna de Nova York (que teve como incentivador John Rockfeller III, então presidente da Sociedade Japonesa de Nova Iorque) e atualmente está instalado no Fairmount Park, em Filadélfia".

Atrações do Pavilhão
(Informações do Web Site da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social-Bunkyo)
  • O Jardim que envolve o Pavilhão Japonês foi inspirado nos tradicionais conceitos japoneses, e reúne variadas plantas e flores típicas. Nele foram instalados vários marcos relacionados à amizade e intercâmbio entre o Brasil e o Japão. Um deles, por exemplo, é o pinheiro japonês, plantado em 1967 pelo atual Imperador e Imperatriz do Japão. Outro é uma escultura em pedra, com a inscrição de um poema haiku, de autoria de Nempuku Sato, que imigrou ao Brasil em 1927 e, desde então, dedicou-se ao ensino e à divulgação dessa poesia;
  • O Lago da Carpas foi construído na mesma época em que o Pavilhão e recebeu as primeiras carpas coloridas no início da década de 70, graças à iniciativa da Associação Brasileira de Nishikigoi e ao intercâmbio com criadores de várias províncias japonesas. Com capacidade para cerca de 100 mil litros de água, o lago abriga cerca de 320 carpas;
  • O Chashitsu, local para a prática da Cerimônia do Chá, está localizado no edifício central, com sua atmosfera wabi sabi, isto é, de austero refinamento envolto por quietude e pura simplicidade. A inauguração da sala da cerimônia de chá foi realizada em 1954, com a presença do Grão-Mestre Herdeiro Sen Soko (posteriormente, XV Grão-Mestre do Urasenke) e seu irmão mais novo, o mestre Naya Yoshiharu e 
  • O Salão de Exposição, ligado ao Pavilhão por uma passagem com vista ao jardim zen, apresenta o acervo permanente de arte japonesa constituído de peças doadas e consignadas pelo governo do Japão, entidades, empresas e personalidades diversas. É composto de peças originais e de réplicas perfeitas de "tesouros nacionais" japoneses. Periodicamente, o local recebe exposições especiais, sempre com temas relacionados à arte e cultura japonesa.
A reabertura do Pavilhão Japonês foi em 02/10/2021, após a última reforma, que acrescentou algumas melhorias como bancos, mesas nos jardins e uma pequena cafeteria (Nanaya). Há também uma loja que vende souvenirs, a Matsu Store.

Vale a pena
  • Visitar o salão de exposições temporárias, que normalmente apresentam algumas obras com a temática japonesa;
  • Observar as inúmeras carpas no lago, que tem em sua volta um mural denominado Santos Maru de Erica Mizutani, com 100 mil litros de água existente no local;
  • Percorrer seus jardins atentando para árvores como as cerejeiras, pinheiro negros, ginko bilobas, entre outras. Esse passeio é imperdível especialmente na florada das cerejeiras que ocorre no final de julho até início de setembro e
  • Contemplar o lago do Parque Ibirapuera e sua Ponte de Ferro em ângulos diferentes de quem visita só o parque.
O primeiro vídeo a seguir, mostra tomadas feitas em agosto de 2012 em plena florada das cerejeiras que circundam o Pavilhão Japonês, quando a reforma ainda não tinha sido feita. O segundo foi feito durante a visita ao Pavilhão, após sua reforma concluída em novembro de 2013.

Vejam fotos tiradas no local em duas épocas distintas. Quando estava fechado para manutenção na florada das cerejeiras (agosto de 2012) e após ter sido reformado e reaberto (novembro de 2013).



7 comentários:

  1. Excelente matéria. As fotos belíssimas,com destaque para as cerejeiras.Parabéns .

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  2. Amei a matéria.Informações muito detalhadas.Quem não conhece o parque fica apaixonado.

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  3. entrada é gratuita p fotos

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    Respostas
    1. O local atualmente está fechado para reforma e sem previsão para abertura.

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