sexta-feira, 19 de maio de 2023

22 de maio - Dia da Biodiversidade

No dia 22 de maio, celebra-se o Dia Internacional da Biodiversidade. A data é uma oportunidade para reforçar a importância da proteção de todos seres vivos e seus habitats.

O Dia Internacional da Biodiversidade foi instituído na Rio-92 (Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento), conhecida também como Eco-92 ou Cúpula da Terra, realizada no Brasil em 1992. Nesta data, foi aprovado o texto final da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), que é a base legal e política para acordos ambientais em todo o mundo, que necessariamente devem respeitar três princípios:
  • conservação da diversidade biológica
  • uso sustentável da biodiversidade
  • repartição justa e equitativa dos benefícios provenientes da utilização dos recursos genéticos
O que é biodiversidade
De acordo com a Convenção da Diversidade Biológica, a biodiversidade ou “diversidade biológica” é definida como “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas”.

A biodiversidade possui três grandes níveis:
  1. Diversidade genética – os indivíduos de uma mesma espécie não são geneticamente idênticos entre si. Cada indivíduo possui uma combinação única de genes que garantem características próprias aos seres e espécies. As diferenças genéticas fazem com que a Terra possua uma grande variedade de vida.
  2. Diversidade orgânica – Os cientistas já identificaram cerca de 1,75 milhões de espécies. Contudo, eles estão somente no começo. Algumas estimativas apontam que podem existir entre 10 a 30 milhões de espécies na Terra.
  3. Diversidade ecológica – As populações da mesma espécie e de espécies diferentes interagem entre si formando comunidades; essas comunidades interagem com o ambiente formando ecossistemas, que interagem entre si formando paisagens, que formam os biomas. Desertos, florestas, oceanos, são tipos de biomas. Cada um deles possui vários tipos de ecossistemas, os quais possuem espécies únicas. Quando um ecossistema é ameaçado todas as suas espécies também são ameaçadas.
No caso das metrópoles, estudos acadêmicos mostram que é possível ter um bom nível de biodiversidade. "A arborização urbana, a conexão entre os parques urbanos com a formação de corredores ecológicos, que podem ser multifuncionais, abrigando ciclovias, favorecem a diversidade biológica em uma grande cidade", diz o doutor em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre do ICB (Instituto de Ciências Biomédicas da USP), João Carlos Pena.

A importância da biodiversidade e suas características

A biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza por ser responsável pelo equilíbrio e pela estabilidade dos ecossistemas. Além disso, a biodiversidade é fonte de imenso potencial econômico por ser a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras, florestais e também a base da indústria da biotecnologia, ou seja, da fabricação de remédios, cosméticos, enzimas industriais, hormônios, sementes agrícolas.

Portanto, a biodiversidade possui, além do seu valor intrínseco, valor ecológico, genético, social, econômico, científico, educacional, cultural, recreativo, entre outros.

Biodiversidade no Brasil

Brasil tem a maior biodiversidade do planeta. A estimativa é que o território nacional possui cerca de 15% da flora e da fauna de todo o mundo. Segundo o Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), são mais de 120 mil espécies de animais e 40 mil de plantas em 7 biomas: Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Costeiro e Pampa. 

O Brasil também tem as maiores reservas de água doce e 1/3 das florestas tropicais que ainda restam no mundo e Amazônia é a maior floresta tropical úmida do planeta.

Fatores ameaçadores da biodiversidade

Os principais processos responsáveis pela destruição da biodiversidade são:
  • Exploração excessiva de espécies de plantas e de animais;
  • Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas de reflorestamento;
  • Contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes;
  • Perda e fragmentação dos habitats

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