Parque Estadual do Caracol em Canela (RS)

O Parque Estadual do Caracol fica em Canela no Rio Grande do Sul e tem 1.000.000 m², sendo apenas 251.000 destinados ao turismo. O restante da área é totalmente preservada. Está a 7 Km do centro da cidade de Canela. O parque fica na Serra Gaúcha, na parte nordeste do estado. A altitude média é de 760 metros. A Cascata do Caracol no rio Caracol tem uma queda livre de 131 metros e é a principal atração turística. Com matas fechadas em suas proximidades, é formada pelo arroio de mesmo nome, que despenca em queda livre por rochas basálticas da Formação Serra Geral, formando a Cascata do Caracol. Em 03/11/2022 foi assinado o contrato de concessão do parque ao Consórcio Novo Caracol, que é responsável pela qualificação da infraestrutura e dos serviços oferecidos aos visitantes, incentivando o turismo sustentável.

Parque Estadual do Caracol Horário de funcionamento 9h às 17h30 com entrada até 17h

Contato por e-mail sac@novocaracoltainhas.com.br

Localização Rodovia RS 466, km 0, s/n - Caracol, Canela (RS) Ingresso pago Ver no mapa

Como chegar ao Parque Estadual do Caracol 

• Carro - Consulte o link "Ver no mapa" e trace seu roteiro para chegar ao parque. Há estacionamento pago para veículos no local (R$ 30).

• Ônibus - Há uma linha de turismo, BusTour, que circula pelos principais pontos turísticos entre Gramado e Canela e passa inclusive pelo Parque.

Os ingressos ao Parque Estadual do Caracol são pagos. Adulto é R$ 75 e a meia entrada está em R$ 37. Os valores são de junho de 2023.

Veja previsão do tempo para a cidade de Canela (RS) neste link.

Infraestrutura do Parque Estadual do Caracol

Há uma Central de Atendimento aos Turistas, um Centro Histórico Ambiental e um Observatório Ecológico de 27 m de altura, que é acessível de elevador onde se pode ter uma visão de 360 graus do parque.

As trilhas ecológicas (as principais são a do Arroio, Moinho, Silêncio, Cutia e Velha) e a Cascata do Caracol estão entre as principais atrações do parque. A Escada da Perna Bamba de 730 degraus que leva à base da Cascata do Caracol está interditada para reforma e não há previsão para conclusão. Na paisagem também há barragem da represa e arroios.

Outra atração é a Estação Sonho Vivo, um passeio de trenzinho de 800 m que levará o visitante à vila dos imigrantes, retratando os povos colonizadores da região e seus costumes (ingresso é pago à parte).

As quadras de futebol e de vôlei estão disponíveis para praticar esportes. 

Ao passar o dia no parque pode-se desfrutar das churrasqueiras cobertas com mesa e bancos, próximas a banheiros, envolta um imenso gramado dando vida e paz interior. Também pode ser apreciado os lanches e pratos no restaurante e com crianças nada melhor que um playground. Uma lojinha de artesanato oferece produtos da região.

Fauna no Parque Estadual do Caracol

O Parque do Caracol possui importante composição faunística tanto de invertebrados quanto de vertebrados. Os mamíferos são diversos no parque, algumas espécies inclusive ameaçadas de extinção. Dentre as espécies encontradas, podemos destacar: Didelphis albiventris (Gambá-de-orelha-branca); Dasypus novemcinctus (Tatu-galinha); Sturnira lilium (Morcego-fruteiro); Allouata guariba (Bugio); Cerdocyon thous (Graxaim-do-mato); Procyon cancrivorus (Mão-pelada); Puma concolor (Puma); Mazama gouazoubira (Veado-catingueiro); Coendou spinosus (Ouriço-caixeiro); Gato-do-mato (Leopardus sp.); Dasyprocta azarae (Cutia); Nasua nasua (Quati).

 
O parque exerce um papel extremamente importante para a conservação de muitas espécies de aves na região, com destaque para a família Psittacidae: Pyrrhura frontalis (Tiriba); Amazona vinacea (Papagaio-peito-roxo); Amazona pretrei (Papagaio-charão); Pionopsitta pileata (Cuiú-cuiú); Triclaria malachitacea (Sabiá-cica), que se alimentam do pinhão. Outras espécies usualmente avistadas no parque são: Egretta thula (Garça-branca-pequena); Coragyps atratus (Urubu-de-cabeça-preta); Mivalgo chimachima (Gavião-carrapateiro); Vanellus chilensis (quero-quero); Leucochloris albicolis (Beija-flor-papo-branco); Pitangus sulphuratus (Bem-te-vi); Cyanocorax caeruleus (Gralha-azul); Turdus rufiventris (Sabiá-laranjeira); Zonotrichia capensis (tico-tico).

 Os anfíbios podem viver em diferentes ambientes, como serapilheira, bromélias, arbustos, árvores, gramíneas e próximos a corpos d’água. Devido a sua sensibilidade aos poluentes, os anfíbios são ótimos bioindicadores de qualidade ambiental. Dentre as espécies, podemos encontrar no parque: Leptodactylus fuscus (Rã-assobiadora); Rhinella icterica (Sapo cururu); Physalaemus lisei (Rã-espuma); Hypsiboas faber (Rã-ferreira).

Flora no Parque Estadual do Caracol

O Parque do Caracol apresenta grande diversidade florística. Como elemento destaque evidenciamos a Araucaria angustifolia popularmente conhecida como Araucária ou Pinheiro Brasileiro que por suas copas frondosas são elemento destaque no dossel da mata e sua semente, conhecida como pinhão, é utilizada como alimento pela fauna local. Outras espécies como Podocarpus lambertii (pinho-bravo), Myrsine sp. (capororocas), Handroanthus sp. (Ipês) e exemplares de Ocotea sp. e Nectandra sp. (canelas) contribuem para embelezamento da paisagem. Cabe salientar ainda, a presença da Cryptocarya aschersoniana (Canela-fogo), espécie símbolo do município conforme Lei Municipal de Canela. Outra espécie que merece destaque e que inclusive é ameaçada de extinção é Dicksonia sellowiana, popularmente conhecido como xaxim, ao qual pode ser encontrado nos limites do parque. Destaque também, para abundância de epífitas presentes na área do parque também conhecidas como orquídeas, bromélias, samambaias, estes indivíduos são característicos dessas formações ombrófilas (úmidas). Além disso, esses vegetais apresentam uma importância fundamental para o estabelecimento de outros indivíduos, como anfíbios por exemplo, que utilizam os espaços das bromélias tanque (que acumulam água) para postura de ovos. Muitas dessas plantas são ótimas indicadores de qualidade ambiental, caracterizando assim ótimos elementos para diagnosticar áreas livres de poluição ou de baixo impacto.

Atenção para as orientações aos visitantes, é proibido:

• Andar de bicicleta no parque (há um bicicletário para deixá-la);
• Coletar plantas, animais e minerais;
• Tomar banho no Arroio Caracol;
• Entrar na água para fotografar;
• Fazer fogueiras fora das churrasqueiras, beber água do Arroio;
• Alimentar os animais silvestres e
• Sair das trilhas. Para um passeio tranquilo evite sair das trilhas, observe a sinalização das trilhas, coloque seus resíduos nos coletores indicados, preserve a vida silvestre.

A entrada de animais domésticos é permitida, mas recomenda-se com as devidas coleiras/guias.

Quanto a alimentação e bebidas há um bom restaurante, que serve refeições feitas em fogão a lenha.

História Parque Estadual do Caracol

A região do Parque Estadual do Caracol, foi habitada, até meados do século passado, por índios caigangues que viviam nas florestas de araucárias. Eram catadores de frutos e sementes e, eventualmente, caçadores. Por volta de 1863, chegou a região o primeiro colonizador europeu, juntamente com sua família e deram à região o nome "Canela" de uma caneleira (nome de uma árvore pequena que fornece madeira de alta qualidade e uma casca aromática) sob a qual eles acamparam (há outras versões). Viveram como agricultores e pecuaristas e foram, durante muitos anos, os únicos moradores do local.

A partir de 1900 começaram a surgir novos colonos, madeireiros e os primeiros hotéis e casas de veraneio, muito antes de existir a cidade de Canela. As pessoas eram atraídas pelo clima ameno, as florestas, a pureza do ar e das águas.

Em 1925 chega a ferrovia em Canela, que começa a crescer de forma rápida, principalmente em função da exploração, escoada pela estrada de ferro. 

Em 1954, o governo Estadual decretou de utilidade pública a área de terras que se transformou, em 1973, no Parque Estadual do Caracol com uma área de 1.000.000 m², sendo apenas 251.000 m² ocupados pelo uso intensivo do Parque com seus produtos e serviços, estacionamentos, cascata e campestres.

Do montante, 430.000 m²  após o arroio são destinados a Área de Preservação Permanente (APP) e refúgio de fauna que tem no parque um corredor ecológico, necessitando serem reconhecidas, cercadas, identificadas, legalizadas e protegidas.

Já a área desapropriada de Walter Martim Haetinger, com 320.000 m² compreendendo o estacionamento, inaugurado com o parque, as casas de funcionários com frente para a RS-466, bem como a área de floresta nativa, reflorestamento de araucárias, até os arroios Cascatinha e Tiririca está destinada a expansão do parque, com novos produtos turísticos.

Na época em que a fazenda estava em atividade, tudo era movido a força hidráulica, através de uma turbina que, por gravidade, recebia água captada junto ao represamento do arroio, conduzida por aqueduto (vala de pedra de alicerce em basalto e cano de cedro anelado com ferro, construída em 1938) para alimentar a turbina gerando, de forma pioneira, energia hidrelétrica para casas e hotéis da região do Caracol, abastecendo também uma serraria e um moinho que produzia farinha no local.

Vale a pena no Parque Estadual do Caracol

• Caminhar pelas trilhas existentes, destacando as do Arroio, Moinho, Silêncio, Cutia e Velha, desfrutando a natureza ao redor;
• Usar as quadras do parque para praticar esportes diversos como futebol, vôlei, etc. futevôlei, etc.
• Fazer piqueniques e churrascos com a família nas áreas destinadas para tal;
• Almoçar uma refeição no restaurante Sabor e Flor no interior do parque, que serve comida feita em fogão a lenha;
• Admirar as paisagens, incluindo a bela Cascata do Caracol, dos mirantes existentes no local e do Observatório Ecológico;
• Visitar a Estação Sonho Vivo, utilizando o trenzinho para visitar a vila dos imigrantes e 
• Subir ao Observatório Ecológico, onde se descortina uma visão 360 graus do parque.

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OBS.: Informações e programações sujeitas a mudanças e alterações.

Fonte dos textos: Portal oficial do Parque do Caracol (https://caracol.tur.br/) e Wikipédia (https://pt.wikipedia.org/).

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Vídeo do Parque Estadual do Caracol feito no local, quando da visita.

Fotos Parque Estadual do Caracol