segunda-feira, 12 de junho de 2023

Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas em São Paulo


Visitamos num sábado o 
Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, que fica no na Subprefeitura da Sé, Bairro Cerqueira César, Consolação na zona central paulistana e tem cerca de 23.000 m² de área total. Foi inaugurado em 6 de novembro de 2021, sendo 111º parque municipal na cidade de São Paulo. O nome do parque é em homenagem ao Prefeito Bruno Covas falecido no exercício do seu mandato em maio de 2021.

Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas 
Horário de funcionamento:
5h às 21h
Telefone:
                Não tem            
Localização:
Rua Augusta, 344 e Rua Caio Prado, 230/232, Consolação, São Paulo
Ver no mapa

Como ir ao Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas 

Ônibus -07T-10 – Metrô Tucuruvi / Terminal Pinheiros; N307-11 - Terminal Parque Dom Pedro II / Terminal Pinheiros; 7181-10 Cidade Universitária / Terminal Princesa Isabel; 908T-10 - Terminal Parque Dom Pedro II / Butantã e 930P-10 - Terminal Parque Dom Pedro II / Terminal Pinheiros.
Metrô: O parque dista cerca de 800 m (11min a pé) da Estação Higienópolis-Mackenzie, linha 4 amarela. Da Estação Anhangabaú dista 1,38 km (19 min a pé), linha 3 vermelha. Para saber outras linhas de ônibus, fornecendo origem e destino, ligue para o telefone 156 da PMSP ou pelo site da Sptrans (clique aqui).
Carro: Trace seu roteiro utilizando o link "Ver no mapa".

Há poucas vagas, zona azul, para estacionar veículos na Rua Marquês de Paranaguá, porém há estacionamentos pagos na região. No entanto, para ir ao parque, prefira o transporte público que tem várias opções conforme acima mencionado.

Infraestrutura do Parque 

Localizado na região central da capital e totalmente acessível, o Parque Augusta tem aproximadamente 23.000 m² com vegetação significativa e valores históricos. Na sua implantação há espaços como caminhos e passeios, playground inclusivo, cachorródromo, equipamentos de ginástica, sede administrativa, sanitários públicos, arquibancada, deck elevado para apresentações e eventos, trilhas, redário e área para prática de slackline. Conforme site da PMSP possuirá áreas de manejo e compostagem, além de uma estrutura de serviços e apoio para a administração. O projeto foi pensado de acordo com os parâmetros definidos no Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada.

Fauna 
Levantamento feito pela SVMA foram registradas 21 espécies de aves silvestres sistematicamente distribuídas em 6 ordens e 12 famílias, sendo que a ordem com maior riqueza de espécies foi a dos Passeriformes. Com base nas listas de espécies ameaçadas consultadas, não foram registradas espécies ameaçadas de extinção no local. Porém, houve o registro de três espécies que podem vir a se tornar ameaçadas devido ao intenso tráfico a que são expostas, o beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), o carcará (Caracara plancus) e o periquito-rico (Brotogeris tirica). As guildas alimentares melhores representadas foram a dos animais insetívoros e dos onívoros. Segundo Franchin e colaboradores (2009), áreas urbanas mais impactadas costumam apresentar alta porcentagem de animais onívoros mais generalistas e, também, animais insetívoros. Em áreas mais preservadas, onde a riqueza de espécies vegetais é maior e, consequentemente, a disponibilidade de alimento aumenta, é esperado que a diversidade de fauna e de guildas alimentares também seja maior. O local está inserido em uma área bastante urbanizada, por este motivo apresenta espécies comuns e menos exigentes. Entretanto, apesar da baixa riqueza de espécies, uma espécie observada é considerada endêmica para o Bioma Mata Atlântica, o periquito-rico (Brotogeris tirica). Além disso, registramos um casal de ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) se reproduzindo e nidificando no ambiente mais vegetado. Este registro evidencia a importância da manutenção das áreas verdes urbanas para a conservação da fauna silvestre na cidade.


Flora
Destaca-se, no Parque Augusta, um bosque heterogêneo tombado pela pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. Este bosque também é enquadrado como de preservação permanente por Lei Municipal, estando, ainda, os indivíduos arbóreos protegidos por um Decreto Estadual, que os considera patrimônio ambiental e imunes de corte.
No restante da área, onde se desenvolvia uma vegetação ruderal, foi implantado um amplo gramado, tendo sido mantidos os conjuntos arbóreos originais e criados setores com plantio de mudas de espécies arbóreas e ajardinamento. Um conjunto arbóreo composto por alfeneiro (Ligustrum lucidum), jambolão (Syzygium cumini), sagu-das-molucas (Cycas circinalis) e tamareira (Phoenix sp.) destaca-se próximo à Rua Caio Prado por ser ornamental. Foi preservada também, uma figueira-mata-pau (Ficus luschnathiana), espécie hemiepífita que se enraizou em trecho do muro histórico original do imóvel à Rua Augusta.  No Bosque far-se-á a preservação das mudas de espécies da Mata Atlântica como, por exemplo, alecrim-de-campinas, embaúba, jerivá, paineira e tapiá- guaçu, além de plantios de enriquecimento visando a diversificação da flora com espécies arbóreo-arbustivas nativas. Para tanto, as mudas de espécies exóticas com potencial invasor como o cafeeiro, falso-pau-incenso, nespereira, palmeira-de-leque- da-china e palmeira-seafórtia presentes no sub-bosque necessitam ser manejadas. Por outro lado, embora a frequência de árvores em fase de senescência seja alta no bosque, devido à proteção legal dos indivíduos arbóreos adultos, o plano de manejo deve estabelecer um programa de longa duração que preveja a substituição paulatina das espécies exóticas por espécies nativas do Município de São Paulo, conforme vá ocorrendo a morte desses indivíduos.

Informações gerais do Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas 
Não há lanchonetes no interior do parque, mas nas ruas próximas há estabelecimentos comerciais onde se podem comprar alimentos e bebidas. Nos dias de maior movimento há "barraquinhas" montadas que vendem petiscos, bebidas, etc., principalmente próximas às entradas do parque.

Você pode levar seu cachorro (há um cachorródromo disponível), desde que esteja em guias e focinheiras, estas para os mais bravos.

Bicicletas, skates, patinetes e patins são proibidos no parque, assim como empinar pipas, usar churrasqueiras portáteis e fazer fogueiras. Os equipamentos do playground não podem ser utilizados por maiores de 10 anos. 

Os sanitários estavam limpos e bem cuidados no dia da visita ao local. 

Quanto à segurança geral do parque, observamos vigias no dia da visita, que tranquilizam os frequentadores.

Tendo em vista que a visita do site Áreas Verdes das Cidades foi feita após apenas uma semana da inauguração do parque, notamos que algumas áreas ainda carecem de retoques finais.

História do Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas 
A origem do imbróglio envolvendo o local é antiga quanto as ruínas reveladas no novo projeto. Vazio há cinquenta anos, o espaço abrigou entre 1907 e 1969 o Colégio Des Oiseaux e a Escola Santa Mônica, ambos demolidos em 1974 — desde então, cogitava-se construir um supermercado e o Museu da Música Popular Brasileira por ali. Em 2002, quando o Plano Diretor passou a permitir a implantação de um parque, o endereço entrou para valer no radar de ativistas e moradores dos entornos. Em 2015, o Conpresp aprovou a construção de três torres residenciais com a condição de que a área verde local, tombada, fosse transformada em parque. A decisão rendeu protestos, integrantes de coletivos pró-parque invadiram o terreno em janeiro daquele ano e abriram o local ao público. A reintegração de posse ocorreu meses depois. Entre as ruas Augusta, Caio Prado e Marquês de Paranaguá, o terreno de 23 000 metros quadrados pertenceu às construtoras Setin e Cyrela, mas foi transferido à prefeitura em abril de 2019, após uma intervenção do Ministério Público. As obras começaram em outubro do mesmo ano, mas sofreram várias paralisações, uma delas pela suspeita de materiais arqueológicos na área. Segundo o arquiteto do projeto, Samuel Kruchin, o local virou até alvo de lendas urbanas. “Dizia-se que ali havia uma floresta da mata atlântica, que nunca existiu, e caminhos arqueológicos de antigas populações, coisa que a pesquisa também não mostrou”, conta. Mas pelo menos uma novidade é real: a descoberta e o restauro de um jardim centenário de árvores exóticas, possivelmente mais antigo que o Trianon e o jardim francês do Museu do Ipiranga. “É um marco histórico, que agora se conecta com o espaço contemporâneo.” A portaria do colégio também foi reconstituída e o muro de tijolos na Augusta, outro alvo de debates, foi mantido. “Nosso maior desafio foi essa conciliação com os elementos pré-existentes e as diferentes visões que vários grupos tinham do parque.”

Curiosidades
Um dos mais tradicionais colégios para mulheres de São Paulo, o Des Oiseaux, era o centro educacional onde a burguesia paulistana matriculava suas filhas. Era lá, na instituição fundada por cônegas belgas da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho em 1907, que as moças iam para receber uma educação formal, aprender francês, latim, ter aulas de canto, bordado, boas maneiras e serem educadas na arte de receber bem; habilidades consideradas indispensáveis às jovens da aristocracia. O colégio funcionou por 64 anos, no altivo prédio art nouveau projetado pelo arquiteto francês Victor Dubugras, que existia na esquina da rua Augusta com a rua Caio Prado. Antes de ser vendido às freiras, em 1906, o palacete era residência da família Uchôa. O Des Oiseaux era conhecido por seu prestígio e excelência acadêmica. Internato, depois, transformado em semi-internato no final da década de 1940, a instituição oferecia cursos desde o primário; seguindo-se o ginasial; os colegiais, clássico e científico; até o superior, ministrado pelo Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae, criado pelas cônegas em 1933. O colégio também contava com o Centro de Estudos Teatrais, que exibia peças montadas e encenadas por suas alunas. Figuras conhecidas como a ex-prefeita Marta Suplicy e a socióloga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso estudaram no Des Oiseaux.
O prédio da instituição foi desocupado em 1971, e a Sedes Sapientiae foi incorporada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC). A crescente agitação que se deu com a expansão o centro da cidade, “a balbúrdia do intenso tráfego de veículos nas proximidades” e o acelerado desenvolvimento imobiliário da região, com “enormes prédios de apartamento“ que passaram a cercar o colégio "por todos os lados”, levou as freiras a buscarem um novo local para o colégio. Em 1960, a ordem lançou a pedra fundamental da sua nova escola no bairro do Morumbi, o Colégio Nossa Senhora do Morumbi. Após a desocupação do prédio da rua Caio Prado, a Associação Instrutora da Juventude Feminina, entidade civil das cônegas, considerou vender o terreno para a construção de prédio de apartamentos. No mesmo ano, o cursinho pré-vestibular Equipe mudou-se para o local. O prédio foi demolido em 1974, mas a ideia de erguer um empreendimento imobiliário não foi viabilizada. Desde então, vários usos foram dados ao terreno, até a implantação do Parque Augusta. Um estacionamento e até um circo já funcionaram no local. Na década de 1980, o Projeto SP, uma iniciativa que promovia atividades multiculturais na cidade com shows de música e cursos de arte e cultura, foi instalado ali.

Ainda nesse contexto de curiosidades, ao percorrer o parque, conversamos com algumas ex-alunas do Colégio Des Oiseaux que foram visitar o local que outrora frequentaram, algumas até por muitos anos. Exalavam um sentimento de saudade, mas ao mesmo tempo de contentamento no que o espaço se transformou, servindo de lazer a população de um modo geral.

Vale a pena no Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas   
  • Usar os equipamentos de ginástica para se exercitar;
  • Utilizar os parquinhos infantis (playgrounds) para as crianças brincarem, onde existem vários equipamentos para tal;
  • Levar seus cães ao estruturado cachorródromo implantado no local;
  • Usar o redário disponível para descansar ou curtir uma boa leitura;
  • Utilizar a área específica para praticar o slackline;
  • Refastelar-se na boa área gramada, em meio aos fragmentos das ruínas do outrora Colégio Des Oiseaux;
  • Percorrer as trilhas existentes, observando a vegetação que as rodeiam e
  • Ouvir o cantar de aves nas proximidades dos fragmentos da Mata Atlântica presentes no parque. 
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OBS.: Informações e programações sujeitas a mudanças e alterações.
Fonte do textos Website Oficial da Prefeitura Municipal de São Paulo (https://www.prefeitura.sp.gov.br/), Veja São Paulo (https://vejasp.abril.com.br/) e Acervo Estadão (http://m.acervo.estadao.com.br/).
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Veja vídeo do Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas  



Fotos do Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas 


3 comentários:

  1. Prezados,

    Sou moradora da região central de São Paulo e fui conhecer o Parque Augusta no sábado, dia 20/08.
    Parque muito lindo e bem cuidado. Uma conquista para a cidade.
    Infelizmente ocorreu um fato muito triste. Tenho uma filha de 12 anos e ela foi impedida de brincar no playground. Algum iluminado decidiu que criança é só até 10 anos. Minha filha tem 12 anos e é uma criança sim e tem o mesmo direito de brincar que uma criança de 10 anos. Não se justifica falar que a restrição é devido a fragilidade do brinquedo, uma vez que as balanças são presas a correntes de e estas à um suporte de ferro.
    Essa restrição é absurda.
    Peço que avaliem isso e corrijam essa injustiça o quanto antes.

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  2. Fazem quatro meses que os aparelhos de estão quebrados e não tem manutenção. Infelizmente cadê a manutenção do Parque que fez um ano. Isso não pode acontecer.

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  3. Os seguranças do parque estão la para monitorar crianças de 05 ,06 anos jogarem bola , dizem que e proibido ..mas fumar cigarro fumar maconha tomar bebida alcoólica pode ...para olhar as crianças eles são radicais agora para monitorar aquilo que realmente deveria ser proibido eles fazem vista grossa ...o que acontece ??

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