O Dia Nacional do Cerrado é celebrado em 11 de setembro. O segundo maior bioma da América do Sul ocupa aproximadamente 23% território brasileiro, com áreas em 11 estados e no Distrito Federal, e ainda com alguns reflexos no Amapá, Roraima e Amazonas. No estado de São Paulo, o Cerrado já ocupou 14% do território, mas atualmente, resta menos de 1% de sua vegetação natural, espalhada por 16 municípios.
Muitas pessoas o consideram um bioma de menor importância quando pensam na exuberância da Amazônia da Mata Atlântica. No entanto, o Cerrado é riquíssimo em biodiversidade.
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e foi incluído entre os 34 hotspots globais de biodiversidade. Cobria aproximadamente 23% da superfície do país, de dois milhões de km².
A área nuclear ou core do Cerrado está distribuída, principalmente, pelo Planalto Central Brasileiro, nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Há outras áreas de cerrado, chamadas periféricas ou ecótonas, que são transições com os biomas Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga.
O Cerrado brasileiro é reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas, riquíssima flora com mais de dez mil espécies de plantas, com 4.400 endêmicas (exclusivas) dessa área. A fauna apresenta 837 espécies de aves; 67 gêneros de mamíferos, abrangendo 161 espécies e 19 endêmicas; 150 espécies de anfíbios, das quais 45 endêmicas; 120 espécies de répteis, das quais 45 endêmicas. Apenas no Distrito Federal, há 90 espécies de cupins, mil espécies de borboletas e 500 espécies de abelhas e vespas.
A grande variabilidade de habitats nos diversos tipos de cerrado suporta uma enorme diversidade de espécies de plantas e animais. Entre a diversidade de invertebrados, os mais notáveis são os térmitas (cupins) e as formigas cortadeiras (saúvas). São eles os principais herbívoros do cerrado, tendo uma grande importância no consumo e na decomposição da matéria orgânica, assim como constituem uma importante fonte alimentar para muitas outras espécies animais. Por outro lado, a pressão urbana e o rápido estabelecimento de atividades agrícolas vêm reduzindo rapidamente a biodiversidade desses ecossistemas.
As árvores do cerrado são muito peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa, cujas folhas são geralmente grandes e rígidas. Muitas plantas herbáceas têm órgãos subterrâneos para armazenar água e nutrientes. Cortiça grossa e estruturas subterrâneas podem ser interpretadas como algumas das muitas adaptações dessa vegetação às queimadas periódicas a que é submetida, protegendo as plantas da destruição e capacitando-as para rebrotar após o fogo. Acredita-se que, como em muitas savanas do mundo, os ecossistemas de cerrado vêm coexistindo com o fogo desde tempos remotos, inicialmente como incêndios naturais causados por relâmpagos ou atividade vulcânica e, posteriormente, causados pelo homem. Tirando proveito da rebrota do estrato herbáceo que se segue após uma queimada em cerrado, os habitantes primitivos dessas regiões aprenderam a se servir do fogo como uma ferramenta para aumentar a oferta de forragem aos seus animais (herbívoros) domesticados, o que ocorre até hoje.
A conservação do Cerrado é importantíssima para garantir, entre várias outras coisas, água para o país. É necessário frear imediatamente o desmatamento e ampliar a quantidade de áreas protegidas. Apesar disso, apenas 8,21% do Cerrado está protegido em Unidades de Conservação (UC).
Fotos: Pixabay, Pinterest, Agência Brasil-EBC e Orlando Lima Jr.
Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo
Com informações da Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo
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