quarta-feira, 16 de junho de 2004

17 de Junho - Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca

Foto do site www.inacio.com.br
No dia 17 de junho comemoramos o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, data escolhida pela Assembléia-Geral da ONU em 1994. Foi nessa data também, que a Convenção sobre a Luta contra a Desertificação foi aprovada. Por esses e por outros motivos, essa é a data oportuna para promovermos a sensibilização da opinião publica sobre a necessidade de fomentar a cooperação internacional no combate à desertificação e aos efeitos da seca.

Desertificação é a perda da capacidade de renovação biológica das zonas áridas, semiáridas e subúmidas. Este é um dos processos que mais seriamente ameaçam a humanidade, caracterizando um problema mundial que atinge, pelo menos, um quinto da população do planeta ao longo de mais de cem países, causando imensas repercussões.

De acordo com as tendências atuais, e se não tomarmos nenhuma atitude a respeito, em 2020, cerca de 60 milhões de pessoas terão partido das zonas da África subsaariana para o norte da África e para a Europa. Em termos mundiais, 135 milhões de indivíduos correm o risco de ter de se deslocar de sua zona de origem para outra em melhores condições.

A proteção e a regeneração das zonas áridas permitem diversos avanços: a segurança alimentar é reforçada; possibilita uma luta efetiva contra as alterações climáticas; além de ajudar as pessoas que vivem nessas zonas a tomar o seu futuro nas mãos. Com isso, aceleramos os progressos no sentido de cumprir os objetivos de desenvolvimento mundial. Neste Dia, reafirmemos a nossa determinação de combater a desertificação e a degradação dos solos e de atenuar os efeitos da seca e reconheçamos que cuidar dos nossos solos significa cuidar de toda a vida na Terra.

(Fonte: Web Site PortoWeb)

O que você pode fazer
  • Apóie e participe de iniciativas e ações contra a destruição da caatinga e ajude a recuperar áreas de mata ciliar (beira de rios e nascentes) com espécies nativas;
  • Informe-se sobre a origem do carvão e da lenha consumida em padarias, pizzarias e churrascarias. O carvão e a lenha legalizados são produzidos de forma sustentável, através de manejo florestal. Priorize os locais que utilizem carvão e lenha legalizados. Toda retirada de madeira deve ser comunicada aos órgãos ambientais, denuncie a atividade ilegal;
  • Compre móveis feitos com madeira certificada pelo FSC (certificação florestal). Esse selo é a garantia que a madeira é oriunda de um processo produtivo ecologicamente adequado e socialmente justo, seguindo todas as leis vigentes;
  • Informe-se sobre habitações ambientalmente corretas, que aproveitam água da chuva, reutilizam água cinza, usam energia solar ou eólica e técnicas de iluminação e ventilação natural, essas informações podem ajudá-lo a adaptar a sua casa;
  • Utilize mais o transporte coletivo e a bicicleta, que poluem menos e contribuem menos para o aquecimento global. Se for usar o carro, utilize combustíveis de transição, como o álcool e o biodiesel e faça manutenção periódica;
  • Pressione os governos a investirem mais na produção de energias renováveis e eleja os que possuem discurso e prática ambientais;
  • Consuma de forma consciente: planeje suas compras, compre menos e melhor. Use só o necessário, reflita sobre suas reais necessidades. Reutilize produtos, separe materiais recicláveis e certifique-se de que o seu lixo está tendo uma destinação correta;
  • Opte por produtos ecológicos e que tenham embalagens retornáveis ou recicláveis, isso reduz o consumo da matéria-prima e o impacto do processo de fabricação.
  • Rejeite produtos com embalagens excessivas e sacolas plásticas, leve bolsas e sacolas próprias para as compras.
O que as empresas podem fazer
  •  Seguir rigorosamente as instruções normativas quanto à redução de emissão de poluentes;
  • Manter áreas vegetadas de sua propriedade, criar Reservas Particulares do Patrimônio Natural e incentivar a proteção das florestas;
  • Seguir os princípios da Responsabilidade Social Empresarial;
  • Apoiar o desenvolvimento de pesquisas que busquem soluções sustentáveis;
  • Utilizar energias limpas e deixar de queimar madeira e lenha;
  • Neutralizar suas emissões de gás carbônico;
  • Optar por arquitetura sustentável que utilize de forma eficiente iluminação e ventilação natural, reaproveitamento de água, etc.;
  • Substituir a energia poluente (petróleo, nucleares e grandes hidrelétricas) por energia sustentável (solar, eólica, pequenas hidrelétricas, biogás) e pressionar os governos a investirem mais nessas energias. 
(Fonte: Web site http://www.acaatinga.org.br/)




Fotos: Wikipédia


(Fonte: UNCCD - Crianças de Lesoto plantam árvores sob o tema de combate à desertificação)

quinta-feira, 3 de junho de 2004

5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente



Um dia dedicado às ações positivas pelo meio ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA) é o principal veículo das Nações Unidas dedicado a estimular ação e conscientização global em prol do meio ambiente. A data tem crescido e se tornado uma importante plataforma pública, celebrada amplamente por partes interessadas em mais de 100 países. Também serve como o “dia das pessoas” para tomar uma atitude pelo meio ambiente, estimulando ações individuais ou coletivas que causem um impacto positivo no planeta.

Em apoio à designação pela ONU de 2014 como o Ano Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano usará o mesmo tema, com um foco especial na questão da mudança do clima.

Líder em energia solar, Barbados será o país-sede do Dia Mundial do Meio Ambiente 2014

Barbados, uma ilha caribenha que vem investindo veementemente em projetos contra a mudança do clima, será a sede das celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente (DMMA) no dia 5 de junho de 2014.



O tema das celebrações deste ano é “Aumente sua voz, não o nível do mar”, chamando a atenção para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e para a mudança do clima.

Barbados, um país de 430 Km2 com uma população de 270 mil pessoas, é altamente vulnerável aos efeitos da mudança do clima — dos impactos agrícolas à destruição de seus ecossistemas costeiros.



No entanto, essa pequena nação tem dado passos largos para reduzir sua pegada de carbono e fornecer energia limpa e renovável, bem como oportunidades para um crescimento econômico verde para sua população.

Dentre outras coisas, Barbados se comprometeu a aumentar sua quota de energia renovável para 29% de todo o consumo de energia da ilha até 2029. Isso cortaria cerca de $ 283.5 milhões de dólares do custo total de eletricidade e reduziria as emissões de CO2 em 4.5 milhões de toneladas, de acordo com o governo.

“Gostaria de anunciar que, daqui a menos de quatro semanas, Barbados estará no centro das atenções, pois fomos selecionados para sediar as celebrações globais do Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho. Esse grande evento será uma oportunidade para Barbados mostrar sua cultura para todo o mundo”, declarou o Primeiro Ministro de Barbados, Freundel J. Stuart.

“Nosso objetivo será colocar Barbados no mapa global no contexto do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Isso só poderá ser alcançado se todas as partes — setor público e privado, ONGs e sociedade civil — trabalharem juntas para um Dia Mundial do Meio Ambiente de grande sucesso”, adicionou.

O setor turístico de Barbados, que contribui com mais de 15% do PIB do país, e sua indústria de açúcar, que contribui com aproximadamente 2%, serão severamente afetados pela mudança do clima.

Em resposta às ameaças, Barbados incluiu a Economia Verde dentre os seis objetivos concretos de seu Plano Estratégico Nacional (2006-2025).

“Os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento estão enfrentando riscos relacionados à mudança do clima, desde o aumento de temperatura, que afeta negativamente a agricultura, até o aumento do nível do mar, que ameaça a existência de algumas nações”, declarou o Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.

“Barbados colocou a conservação e a transição para uma economia verde inclusiva no centro de sua estratégia nacional. Esse quadro habilitou um número de medidas proativas e concretas para combater a mudança do clima, incluindo incentivos de suporte a um dos setores que crescem mais rápido na ilha — o da energia solar.”

“Como sede do DMMA, Barbados terá a oportunidade de mostrar suas iniciativas e se tornar um exemplo para Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento que estão enfrentando desafios similares. O país tem mostrado um tremendo interesse político, provando que a transição para uma economia verde é possível — mesmo em países que enfrentam grandes desafios — quando políticas ambientais robustas são traduzidas em ações”, adicionou.

A dependência da ilha sobre combustíveis fósseis se tornou um de seus principais problemas ambientais. No entanto, o Plano Estratégico Nacional objetiva diminuir essa dependência aumentando o fornecimento de energia renovável, com um foco especial no aumento do número de aquecedores solares residenciais.

Aquecedores solares de água são amplamente usados na ilha, com instalações em praticamente metade das unidades habitacionais. Só em 2002, Barbados deixou de emitir 15.000 toneladas métricas de carbono e mais de $100 milhões de dólares foram economizados devido aos 35.000 sistemas de aquecimento solar de água que foram estalados. O uso desses aquecedores é o maior em todo o mundo.

Políticas de incentivo do governo de Barbados ajudaram para que isso se tornasse possível. Três empresas do país lideram essas instalações e produções de aquecedores solares de água, e elas já estão se expandindo para o mercado caribeno em potencial, particularmente as ilhas próximas de Trinidad & Tobago e Santa Lúcia.

A capital Bridgetown recentemente foi designada um dos Patrimônios Mundiais da Humanidade. Esses esforços combinam o trabalho do governo para proteger o patrimônio cultural e natural do país, enquanto também demonstrando oportunidades de mitigação das mudanças climáticas em ilhas.

Em 2012, o PNUMA e o governo de Barbados lançaram a síntese de um estudo sobre Economia Verde em Barbados (Green Economy Scoping Study - Barbados Synthesis Report), que foi criado para identificar os desafios e oportunidades da transição para uma Economia Verde na ilha.

Eventos em Barbados em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente acontecerão ao longo de cinco dias. Eles discutirão tecnologias de adaptação à mudança do clima, negócios, manejo de recursos sustentáveis, áreas protegidas, cultura local, e também falarão de desafios e oportunidades que ilhas em desenvolvimento do mundo todo estão enfrentando.

Para maiores informações:
UNEP News Desk, unepnewsdesk@unep.org

Links relacionados:
-Dia Mundial do Meio Ambiente - http://unep.org/portuguese/wed/
-Green Economy Scoping Study - Barbados Synthesis Report http://www.unep.org/greeneconomy/Portals/88/documents/SYNTHESIS%20REPORT_Barbados.pdf


(Artigo transcrito do site do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA)